Vivência Formativa para Jovens

Retomando o movimento online que aconteceu nas duas edições do CEBBTalks, oferecemos nos dias 16 a 19 de junho uma vivência presencial focada em jovens no CEBB Caminho do Meio.

Essa vivência, iniciativa realizada pelo Instituto Caminho do Meio (ICM), faz parte de um movimento de educação não-escolar para jovens de 16 a 30 anos (um college em construção), estruturada em três níveis: no nível da mente, articular a percepção de como o mundo está hoje com uma visão mais profunda das sabedorias e da natureza da mente a partir de uma visão budista; no nível da energia, reforçar a inserção das pessoas em comunidades significativas e na vida em meio ao bosque, tomando como base a Aldeia CEBB; no nível do corpo, desenvolver caminhos de ação efetiva no mundo através de “laboratórios vivos”: os projetos de ações coletivas que se movem a partir da experiência do ICM e dos parceitos de sua rede.

Jovens participantes da Vivência no Templo do CEBB Caminho do Meio.

A vivência contou com a presença de 17 jovens de várias regiões do país. Além de apoiarem cotidianamente nas atividades de cozinha e mantimento da vivência, participaram também de diversos laboratórios. Dentre os laboratórios vivos, no primeiro dia tiveram contato com o Sistema Agroflorestal; no segundo dia com a Escola Caminho do Meio; e no terceiro dia no Assentamento Filhos do Sepé. Durante as atividades, os jovens puderam entrar em contato com formas diferentes de cultivar a terra e de organização comunitária.

Foram oferecidos também laboratórios de estudo voltados para a contemplação da visão. Nesse momento, foram apresentados diversos textos para que os participantes debatessem sobre os diversos sistemas de organização e ação no mundo, além da compreensão da operação por mandalas.

Um dos grandes momentos da vivência foi uma palestra oferecida pelo Lama Padma Samten aos jovens, em que foi possível, além de ouvir os ensinamentos, realizar perguntas e conversar abertamente com o Lama.

Foram oferecidos também momentos não curriculares por meio de conversas ao redor do fogo, em que foi possível compartilhar experiências e ideias, momento importante para conexão do grupo.

Assim, cultivando a visão ampla e nutrindo todos os participantes com relações significativas e bem viver, agindo de forma a estimular os pontos de pressão corretos para transformar os sistemas do mundo, é possível dizer quer a atividade ajudou os jovens a reencantar a visão sobre como é possível, mesmo diante das crises sistêmicas da sociedade, viver uma vida com sentido.

Ilustração feita por uma participante.


“As coisas parecem sólidas, mas elas não são sólidas, elas brotam sólidas junto com a nossa mente. Nossa mente é livre, ela pode construir outras coisas. Quando nós vemos a destruição ambiental e temos dificuldades de imaginar um futuro favorável, é simplesmente as categorias mentais que estão aparecendo, porque eu posso construir luminosamente outras realidades. Esses mundos que estamos vivendo agora são criações mentais das gerações anteriores. Então nós temos a capacidade, nessa geração, de olhar de outro jeito e construir um mundo de um jeito totalmente diferente. Nós estamos nesse processo muito acelerado de redefinição do mundo inteiro” .


– Lama Padma Samten
Palestra para a vivência de jovens em 17 de junho
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